Nova / Antiga entrevista de Rob e Kristen com o CanalPlus França
Taylor não disse nenhuma palavra, ou foi cortado…
“O que eu vi lá fora (do hotel) é loucura! Eu vi isso para Johnny Depp, Brad Pitt… Talvez Leonardo Dicaprio. Mas é muito raro. O que eu quero saber é como você lida com isso. Você é tão jovem (23 anos – na época). Como você se mantém calmo e legal?”
Rob: “Não é fácil. Eu sempre tento separar a minha vida pessoal e privada. Eu fico me lembrando o tempo todo que os fãs, a imprensa… estão todos aqui pelo personagem, não por mim. É meio que um “reflexo protetor do ego”. Na verdade, é bem legal, mas quando você está encarando todos esses fãs, vocês simplesmente não sabe o que fazer para satisfazê-los.”
“Sim, mas os atores não trabalham para isso? Para serem amados e admirados?”
Rob: “Eu acho que sim. De certa forma. Mas com Twilight, algo incrível aconteceu. Eu me tornei um tipo de celebridade, mesmo que quando eu tenha começado, eu não achasse que eu era uma pessoa assim tão interessante. E eu só queria interpretar personagens profundos que me enriquecessem, psicologicamente.”
Então eles falam sobre as similaridades entre ser um vampiro e um ator. A maneira com que ambos dependem dos outros, e precisam dos outros para seguir em frente.
Ele pergunta a Rob o que ele gosta nos vampiros, e Rob fala “O aspecto do ‘super-herói’. Eles são tipo semideuses, mas, ao mesmo tempo, eles dependem tanto de pessoas normais. No que é profundamente básico em uma pessoa, o seu sangue.”
“É realmente engraçado ver você falando de vampiros, porque eu recém descobri esse outro filme (How to be) onde você interpreta um personagem completamente diferente. Eu estava me perguntando que parte de você, como pessoa, está naquele filme, ou no filme de Twilight?”
Rob: “Não muito. Na verdade, eu nunca fiz um papel em que eu pudesse realmente ser eu mesmo. Como ator, você pensa, com cada papel, que você vai poder dar ao personagem algo de você, de sua experiência. Mas quanto mais você tenta fazer isso, mais você percebe, com cada cena, que está saindo bem diferente do que você esperava, ou como você pretendia fazer.”
“É muito bom ver você sorrindo no início do filme (Lua Nova). Você parece feliz, então você desaparece por boa parte do filme. Não foi frustrante para você ficar ausente?”
Rob: “Não. Na verdade, foi muito agradável de muitas formas. Twilight (Crepúsculo, o 1o filme) teve tanto sucesso, então tivemos muita pressão, e teria sido impossível fazer exatamente o mesmo filme (focado em Edward/Bella). E também, eu não queria ser o centro desse filme, não queria ter muitas responsabilidades nele. Taylor teve o maior papel nele. O que é bom. Além do mais, eu pude experimentar um novo ângulo; eu sou mais um fantasma, uma sombra, o que é mais forte. Como um mito ou algo assim.”
“Como você interpretou isso? Você falou com a autora? Ou teve instruções do diretor?”
Rob: “Eu acho que o que mais me influenciou, foi o meu primeiro encontro com a Kristen. Eu imaginava alguém completamente diferente para o papel da Bella. Mas Kristen/Bella era tão forte. Então, para esse relacionamento dar certo, eu achei que (na época dos testes) eu tinha que ser tão forte quanto, mas também um pouco frágil e de alguma forma ‘quebrado’. O que é bem interessante interpretar. E eu tenho que agradecer a Kristen por isso.”
“Como você descreveria a Kristen, em três palavras?”
Rob: “Ela é tão forte. (Ele pausa e ri) Estou tentando ser cuidadoso com o que eu falo. Ela é madura, e muito desafiadora.”
“Estivemos entrevistando alguns psicólogos e eles estão afirmando que esse garoto (Edward) ter medo de seus impulsos “vampirísticos” é de certa forma como um adolescente apavorado por seus impulsos sexuais. É assim? Você acha que Twilight é especificamente essa metáfora adolescente? O que você acha?”
Rob: “De muitas maneiras, sim. Eu acho. Mas eu não acho que seja só sobre os adolescentes. Eu acho que, particularmente nesse filme (LN), todos podem se identificar com os eventos, a história. Foi esse livro que me encorajou a fazer os filmes. Eu li antes de fazer o primeiro filme. Algo sobre como você se apaixona pela primeira vez, especialmente para um jovem rapaz. Você tende a idealizar a garota, a sua imaginação inunda e você acha que ela é perfeita por assim dizer. E quanto mais você conhece ela, mais você se apaixona por ela e acha que ela não tem defeito algum e ela é perfeita. Mas, por outro lado, você vê cada vez mais defeitos em você mesmo. E eu acho que teve essa delimitação emocional no filme, com esse vampiro se culpando por ameaçar a vida da garota que ele ama. Ele acha que vai matá-la porque ele é um vampiro, mas quer dizer, de qualquer forma… é uma boa metáfora do medo que você pode sentir sobre o real comprometimento de um relacionamento, quando você se dá por conta que essa relação é realmente importante e não só um casinho. Você está pensando ‘Se eu começar isso, será que será para a vida toda? Ou será que um de nós vai acabar com um coração partido se nos separarmos?’ Então sim, é uma boa metáfora.”
“Eu acho que é o jovem rapaz em VOCÊ que está falando agora, pois você também foi um adolescente, há não muito tempo atrás. Então o que você gosta na indústria do cinema? Quem são os teus atores favoritos? O que você gosta de ver nos filmes?”
Rob: “Eu gosto do Johaquin Phoenix. Eu gosto de… Ryan Gosling, entre os atores mais novos, isso é. Eu sempre gostei dos filmes do Brando. Mas eu não tenho um gosto específico em filmes… Eu gosto muito de filmes franceses. Eu cresci vendo muitos filmes franceses. Eu amo Godard…”
“Quais, por exemplo?”
Rob: “Eu amo ‘Pierrot le fou’. É um dos meus filmes favoritos. Eu também gosto… qual o nome em francês?… Chama ‘Eyes without face’ na Inglaterra?”
“Les yeux sans visage” (Nota: É uma filme de terror de 1960, dirigido por Goerges Franju e adaptado do livro de Jean Redon)
Rob: “É. Eu achei esse filme fantástico.”
“Bem… um jovem que ama ‘Pierrot le fou’ só pode ser uma pessoa maravilhosa. (Ele aperta a mão de Rob) Muito obrigado. Robert Pattinson… espero ver você novamente em breve. Obrigado novamente.”
Postado ás 10:12 por Daniela / Via
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